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terça-feira, 5 de abril de 2016

Proadi beneficia empresas e geração de empregos no interior do RN



FOTOS: Polley Indústria de Vestuários Eireli (São Francisco do Oeste/RN)
A expectativa de geração de novos empregos, já na fase inicial de produção das quatro empresas, é de cerca de 180 empregos diretos

A Comissão do Proadi visitou quatro novas empresas no interior do Estado que solicitaram a inclusão no Proadi, programa conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que permite a obtenção de incentivos econômicos visando aumentar a competitividade da produção do Rio Grande do Norte. Essa visita é uma das exigências legais para que possa ser concedido o Proadi e é o momento adequado para que sejam conhecidas as instalações das empresas, seu processo produtivo e constatada sua adequação ao projeto de viabilidade econômico protocolado na Sedec.
Para o Secretário da Sedec Flávio Azevedo, a Comissão do Proadi tem o importante papel de acompanhar as solicitações para que “o incentivo concedido às empresas esteja em conformidade com o projeto econômico-financeiro”. Cabe também à Comissão verificar a comprovação de regularidade fiscal e o licenciamento ambiental.
Atualmente, o Proadi tem significado um importante instrumento em favor das empresas do Rio Grande do Norte, pois o incentivo econômico é diretamente aplicado na redução do ICMS, diminuindo, portanto, a necessidade do capital de giro. Empresas industriais novas, em ampliação ou que estejam em fase de reativação podem solicitar essa vantagem fiscal.
As quatro empresas visitadas no mês de março estão localizadas na região Oeste do Estado, nos municípios de Mossoró, Areia Branca e São Francisco do Oeste, sendo dois projetos de empreendimentos novos e outros dois criados a partir da expansão das atividades ou propostas já existentes. As atividades econômicas dessas empresas são diversificadas, sendo duas delas na área de alimentos (temperos), uma de confecção/vestuário e outra em materiais para o comércio e indústria da construção civil.


A expectativa de geração de novos empregos, já na fase inicial de produção das quatro empresas, é de cerca de 180 empregos diretos, com projeção de expansão para os dois anos seguintes, de outros 100 empregos diretos. Quanto aos investimentos anunciados pelos empresários, somam mais de R$ 10 milhões que serão aplicados na implantação das fábricas bem como na produção industrial (insumos e capital de giro).
“São novos empregos criados já agora, em 2016, com a vantagem do fortalecimento da interiorização da economia produtiva no Estado, expandindo o alcance do Proadi”, destacou o Secretário Flávio Azevedo.
Tempero “tipo exportação” à base de Flor de Sal
Moda (confecção) potiguar, pré-moldados, temperos “caseiros” e temperos à base de flor de sal deverão ser os próximos produtos fabricados no Rio Grande do Norte que terão como mercados não somente o Estado e a região Nordeste, mas também o exterior. O mercado externo é uma das opções identificadas pela empresa Sosabor que pretende inovar uma linha de temperos à base de flor de sal. O Rio Grande do Norte, produtor de cerca de 97% do sal marinho, ainda explora pouco esse ingrediente da gastronomia mundial que, aos poucos, ganhou mais visibilidade nos supermercados locais e regionais.

Empresas visitadas pela Comissão do Proadi
1. Marinar Produtos Alimentícios Ltda. (Mossoró)
Empresa nova criada com a previsão de investimento de R$ 4,5 milhões e geração de 25 empregos diretos, de acordo com o projeto de viabilidade econômica apresentado à Sedec. Para Francisco Diniz Dantas, sócio-diretor, o benefício do Proadi dará “margem de negócios para competir em outros mercados regionais em razão das distorções tributárias entre os estados, aproveitando a excelente política de interiorização industrial e de captação de investimentos implantadas por essa atual gestão governamental, que está oferecendo segurança jurídica para realização dos investimentos”. Instalada em Mossoró, a empresa pretende adquirir 60% de sua matéria-prima no Rio Grande do Norte, fortalecendo a economia regional. Já quanto às vendas, 40% deverão ser comercializadas no Estado e o restante na região Nordeste, principalmente no Ceará. Embora o mercado de temperos movimente cerca de US 15 bilhões ao ano no mundo inteiro, os brasileiros ainda consomem muito pouco esse tipo de alimento: cerca de 0,5 grama/dia enquanto no México, por exemplo, o consumo é de 8 gramas/dia. Apesar desse baixo volume, é um mercado que cresce em torno de 30% ao ano.


2. Polley Indústria de Vestuários Eireli (São Francisco do Oeste)

O grupo empresarial tem uma larga experiência no mercado de confecções, com atuação no Rio Grande do Norte há mais de 25 anos. Agora, com a ideia de uma nova unidade industrial, pretende investir R$ 1,1 milhão e gerar cerca de 140 empregos diretos. “O PROADI chega em uma excelente hora. Nesse momento, nada melhor que um programa como esse para estimular o crescimento industrial do estado. Será de enorme importância para a empresa, pois só assim gerará mais empregos e o consequente crescimento financeiro estadual e municipal. Trata-se de uma bela iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Norte”, definiu o diretor da Polley, Lusimar Porfírio da Silva. O investidor, que há 25 anos começou com seis colaboradores, vê hoje seu novo projeto buscar mercados na região Nordeste como também na região Norte, no estado do Pará. Os produtos confeccionados na Polley são do vestuário masculino e feminino (bermudas, camisas, camisetas e shorts) distribuídas em três marcas (Porfírios, Polley e Wellu).

3. Sosabor Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. (Areia Branca)

A “nova” empresa criada é, na verdade, a retomada de um projeto que esteve paralisado há mais de dez anos e que agora, com uma nova proposta, pretende voltar ao mercado com a produção de temperos graças ao investimento de quase R$ 800 mil e a geração de 21 novos empregos diretos e que já projeta, a médio prazo, ultrapassar os 120 empregos. Um dos objetivos da empresa é “tornar-se uma das líderes de mercado no ramo de temperos e condimentos”, de acordo com seu diretor industrial, Guilherme Fernandes Vieira. Para isso, identifica o projeto de viabilidade econômico, que “funcionará dentro dos altos padrões exigidos pelas entidades de proteção ambiental e sanitária, utilizando equipamentos com modernas tecnologias”. O primeiro lote de sua produção será comercializado já neste primeiro semestre de 2016 e o tempero à base de flor do sal pretende ser um dos carros-chefe da empresa, aproveitando o potencial produtivo no Estado e a valorização desta matéria-prima não somente para a gastronomia internacional, mas cada vez mais nas gastronomias nacional e regional.

4. JP Pré-moldados Ltda. (Mossoró)

A empresa anuncia um investimento de praticamente R$ 4,0 milhões com a geração de 56 novos empregos diretos e tem como foco principal a fabricação de estruturas pré-moldadas de cimento e de concreto armado. Seu sócio, Francisco Fernandes Praxedes Junior apresentou o pleito de concessão do Proadi para essa nova linha de produção, que atenderá ao comércio, mas também à indústria da construção civil. No projeto apresentado pela empresa, cerca de 90% de sua produção será destinada ao mercado norte-riograndense.

FONTE: http://blogeugeniofreitas.blogspot.com.br/2016/04/proadi-beneficia-empresas-e-geracao-de.html